27.3.10

o sonho - o tédio



"Às vezes, quando ergo a cabeça estonteada dos livros em que escrevo as contas alheias e a ausência de vida própria, sinto uma náusea física, que pode ser de me curvar, mas que transcende os números e a desilusão. A vida desgosta-me como um remédio inútil. E é então que eu sinto, com visões claras, como seria fácil o afastamento deste tédio, se eu tivesse a simples força de o querer deveras afastar."

Bernado Soares, in O Livro do Desassossego

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